sexta-feira, 15 de outubro de 2010

TRÁFICO DE INFLUÊNCIA??? ISSO EXISTE?? NÃO ACREDITO.

Nã pude deixar de rir hoje de manhã quando ouvi na TSF a acusação que o Dr. Victor Baptista fez ao seu colega de partido de "tráfico de influência".

Não deixa de ser caricato que um homem que foi Governador Civil de Coimbra, Deputado na Assembleia da República (onde pertenceu à Comissão Parlamentar de Saúde, pelos seus conhecimentos específicos e concretos nesta área), que foi Presidente da Concelhia de Coimbra do PS, que usou e abusou destes estratagemas que os políticos adoram, venha agora a público queixar-se de que foi vítima do seu próprio veneno.

Ate EXIGE novas eleições...
Ele de facto pensa que este País não pode sobreviver sem ele nem sem as suas doutas teorias. Esta conversa recorda-me as afirmações por ele proferidas na Comissão Parlamentar de Saúde em 23/9/2008, que eu transcrevo e que podem ser consultadas na íntegra (Actas 48, 49 e 50) no Portal da Assembleia da República: "O documento fala das expectativas que o médico tinha de ser nomeado director clínico, mas a Comissão de Saúde não deve dar guarita a uma lógica de alguém que vê defraudadas as suas expectativas porque não foi nomeado para uma determinado cargo". Como vê Sr. Deputado, é tudo uma questão de expectativas e, neste caso, foram as suas que foram defraudadas. Aceite os factos tal como propõe que os outros façam. Poderíamos dizer que "piri piri no cu dos outros para mim é manteiga" ?
Quanto ao tráfico de influências deixe-me dizer quantas pressões eu suportei para hospitalizar os amigos deste, daquele e de outros (inclusivé de grandes líderes do seu partido) quando exercia funções no Centro de Medicina de Reabilitação Rovisco Pais. Deixe-me lembrar-lhe como o Sr. Deputado actuou com o Dr. Santana Maia para me colocarem naquele Hospital quando foi da V. conveniência e para me porem na rua quando se aperceberam que eu não era uma marioneta nas vossas mãos.

Até fico com pena de um homem que rejeita um ordenado mensal de 15.000 euros (será que estava à espera de uma oferta melhor??) que neste período de crise faziam tanto jeito a tanta gente. Não é este tipo de prateleiras douradas que costumam oferecer àqueles que querem retirar dos circuitos onde o Sr. se movimentava. Isto leva-me a pensar que ou não lhe fizeram qualquer proposta ou aquela que tem é melhor. Agora já nem são jobs for the boys mas sim for the old men.

Mas que ganhamos nós (povo) com estas trocas baldrocas? Trocamos as maçãs podres por fruta de qualidade? Só o futuro o dirá, mas continuo convencido de que a natureza faz bem as coisas, ou como diria um cristão "Deus escreve direito por linha tortas".

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